Estudo do Lacen detecta variantes do vírus da raiva humana em saguis e morcegos do Ceará

Cepas do vírus da raiva, semelhantes às encontradas em morcegos, foram detectadas em saguis-de-tufo-branco no Ceará, despertando preocupações sobre a disseminação do vírus, que pode ser letal para humanos. Esses saguis são comuns tanto em ambientes urbanos quanto naturais no Brasil, e ocasionalmente são mantidos como animais de estimação.

Cientistas examinaram 144 amostras de tecido cerebral de morcegos de 15 espécies diferentes no Lacen do Ceará, durante os meses de janeiro a julho de 2022, como parte do programa de vigilância epidemiológica nacional. Eles isolaram o RNA das amostras para analisar os vírus presentes e compararam suas sequências genéticas com aquelas em bancos de dados públicos. Além disso, utilizaram ferramentas especializadas para traçar a história evolutiva dos vírus identificados.

É importante destacar que o vírus da raiva tem um período médio de incubação de aproximadamente 45 dias. Isso enfatiza a importância crítica de iniciar imediatamente a profilaxia pós-exposição, que envolve a administração de soro e vacina antirrábicos. A ausência desse tratamento pode resultar em um prognóstico geralmente fatal quando os sintomas se manifestam.

A prevenção da raiva humana envolve medidas preventivas após a exposição ao vírus. Ela inclui a limpeza da ferida, a administração de vacinas antirrábicas e, às vezes, soro antirrábico. É altamente eficaz se iniciada rapidamente após a exposição. A profilaxia pré-exposição é recomendada para grupos de risco, enquanto a pós-exposição é vital após mordidas ou arranhões de animais suspeitos de raiva, devido à gravidade da doença.